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terça-feira, 16 de abril de 2013

Procuro...


Procuro…

Procuro a virgindade do mundo
À noite procuro granizo quando chove
Cubro-me de alma, de sol e não me afundo
Num tempo que se enforca e me comove

Procuro…

Um caminho onde as libélulas dançam
Virgens puras… Imaculadas
Um caminho onde os desejos alcançam
As virgens inexistentes e apaixonadas

Procuro…

Procuro uma virgindade vaporizada
Um ar fresco de amor
Procuro um som vindo do nada
E que seja o oceano em seu esplendor

Procuro…

Uma dama, uma donzela sem labirinto
Escrevo na procura o arrepio de vénus
Não há morte, não há vida que eu não sinto
Nas minhas artérias as vontades ténues

Procuro…

Espasmos inimagináveis de prazer
Orifícios em bosques despidos
Virgens de sonho, que sonho ter
Entranhas que dilaceram os sentidos

Procuro…

José Alberto Sá

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