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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Desenho de ti


Desenho de ti

Não quero ser violento
Quero uma folha branca
O bailado do mar, a frescura do vento
Um lápis com traços meus… Mente franca
Quero a liberdade na cela do teu corpo
Quero desenhar
E o ser violento é o coração onde me prendes
É o querer traçar
As conversas que não entendes

Hoje vou desenhar a cabeça de um fósforo
Acendo…
Ela arde no vermelhão da louca chama
Uma violência que não entendo
No desenho teu, és o lápis que derrama
Que se desfaz pelo que vi
Teus braços são a necessidade do traço
Somente traçarei o perfume que nasce de ti
Teu ventre a violência da luz
O fósforo se apaga, não sei como faço
É violento no papel, as curva tuas… Algo seduz

Traço…
Acendo…
Faço…
Entendo…

Teu desenho no papel por onde deslizo
E sem aviso
Bailo mais uma vez sobre o mar
Refresco-me mais uma vez ao vento
Desenho para te levar
Num desenho de ciúme violento
Porque te amo ao deslizar
Porque te amo ao colorir
No papel a violência é por te amar
São desenhos de amor por ti, sem te medir

José Alberto Sá

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