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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Namorico


Namorico

Saí à rua
O catavento rodopiava a toda a velocidade
Estava frio, uma noite crua
Olhei o céu,
era pouca a claridade
As árvores embalavam com o vento
O silêncio era a minha companhia
Somente quebrada pelo tilintar,
do catavento
Ao fundo um vulto feminino reluzia
Querendo se aproximar
Olhei-a
Sorriu-me
Conversamos
Demos as mãos... Beijei-a
Com um abraço partiu-me,
o pulsar de um coração feliz
Amamos

Saí à rua
Na hora certa
Numa noite incerta
Negra e vestida de silêncio suave
Bela somente pelo debicar de uma ave
Beijos, abraços num louco amar
E espreitando somente o catavento,
continuava a tilintar

José Alberto Sá


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