Namorico
Saí à rua
O catavento
rodopiava a toda a velocidade
Estava frio, uma
noite crua
Olhei o céu,
era pouca a
claridade
As árvores
embalavam com o vento
O silêncio era a
minha companhia
Somente quebrada
pelo tilintar,
do catavento
Ao fundo um vulto
feminino reluzia
Querendo se
aproximar
Olhei-a
Sorriu-me
Conversamos
Demos as mãos...
Beijei-a
Com um abraço
partiu-me,
o pulsar de um
coração feliz
Amamos
Saí à rua
Na hora certa
Numa noite incerta
Negra e vestida de
silêncio suave
Bela somente pelo
debicar de uma ave
Beijos, abraços num
louco amar
E espreitando somente
o catavento,
continuava a tilintar
José Alberto Sá
José Alberto Sá
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