Folhas da
memória
Por entre folhas
moribundas
Caídas no
chão
Estava a
mente perdida
Lágrima
caída
Derramada
nas trevas do meu coração
Debaixo do
alto carvalho
Memória de
tempos de amor
Bolotas no
chão, assentes como cascalho
Apertadas na
terra, como pedras da minha dor
Quero
lembrar-me do cheiro
Do néctar
adocicado
Do teu corpo
de mulher… Queria ser o primeiro
Por entre folhas
moribundas, fazer o pecado
As mãos
conheciam a rigidez da casca
A macieza da
pele
Delirantes
momentos na boca que masca
O sabor do
gemido, a viscosidade do mel
Não consigo
esquecer esses dias
Procuro por
entre raízes algo teu
Mas só
encontro folhas que já não têm céu
E um corpo
de homem com quem dormias
Foi por
entre folhas do carvalho
Que gravei
em mim esta história
Fica no coração
este atalho
Um ficheiro
de amor para a memória
Foi bom…
Seria bom
Hoje somente
recordo o tempo
Registo em
poesia o mesmo som
Palavras
tuas que lembro a todo o momento
Oh mocidade…
Que lindo
era não ter idade
Por entre
folhas da liberdade
Resta a saudade
José Alberto
Sá
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