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sábado, 2 de fevereiro de 2013

CRISE


CRISE

Sim... A ti...
Aponto o dedo
Sem medo
Ao mundo vestido
Que me quer ver nu
Sim... Tu...
Tu que me despes sem dó
A roupa que já não trago
Sim... Tu...
Que sem ter corda apertas com nó
Na forca do desespero... carago!
Sim... A ti...
Força que não conheço
Mal que não mereço
Mas que todos os dias me sorri
Sim... Tu...
Vergonha de cara destapada
Tranquilidade moribunda
Vergonha não tenho, por não ter nada
Tranquilo não estou,
porque o mundo se afunda
Sim... A ti...
Reles falar sem respeito
Cego com olhos de desprezo
Sim... Tu...
És o medo com que me deito
Feliz eu em amor
Triste numa vida de teso
Sim... Tu...
Diabos sem céu
Política de gente louca
Calem a boca
E sejam homens honestos... Como eu

José Alberto Sá

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