Só quero
viver
Pedra
sobre pedra, o poder da sobreposição
Folhas
caídas e renovadas, a troca de roupa
Águas
revoltas, ondulações de amor
Ventos
cortantes, o mundo a crescer
Oposição?
Não!
Pedra
sobre pedra, qual razão?
Folhas
caídas a mendigar, que coisa louca
Águas
revoltas, palavras de dor
Ventos
famintos, o mundo a meu ver
Oposição?
Não!
Pedra
sobre pedra, a mente em oração
Folhas
caídas, garganta rouca
Águas
contaminadas, dificuldade na cor
Ventos
sem rumo, assim sopra o poder
Oposição?
Não!
Pedra
sobre pedra, a minha canção
Folhas
caídas, uma coisa tão pouca
Águas
puras, quando se mente à razão
Ventos
que secam, cheques sem touca
Oposição?
Não!
Pedra
sobre pedra, vida em compressão
Folhas
voando, em ventos de pó
Águas da
chuva nas poças do chão
Ventos
perdidos, atados com nó
Oposição?
Não!
Pedra
sobre pedra, poder em putrefacção
Folhas
molhadas, por lágrimas da fome
Águas
que pingam do rosto da aflição
Ventos
sem norte, na direcção de quem nos come
Oposição?
Não!
Pedra
sobre pedra a asfixia
Folhas
que tombam a voz do pobre
Águas
que lavam o poder da mafia
Ventos do
poder, os que levam o cobre
Ventos
do poder…
Ventos
do poder…
Oposição?
Não!
Só quero
viver…
José
Alberto Sá
É o que todos almejamos poeta... o viver!!! Adorável! Parabéns e Sucesso Sempre José Sá! grande abraço!
ResponderEliminarObrigado Gislaine, beijinhos
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