Falsidade
Sinto meus pés
queimados
Não preciso
caminhar lá fora
Cá dentro o
caminho são brasas do sofrimento
Tresloucados...
São mentes que na
palavra usam a mentira
Sinto minhas mãos tremulas
Sem precisar
mostrá-las à relíquia que mente
Ira...
Revolta nos olhos
que se embaciam
Sem precisarem da
água putrefacta com que vos lavais
Meus olhos nunca
se negam, são de gente
Encandeiam...
Luzes sem brilho
de um rosto meu apagado
Não preciso
mostrar as rugas da luta por ti
Luz, mar, porque
me queres ver afogado
Desocupado...
O abandono da verdade,
ser palhaço
Não o faço...
Nem que me pintem
de negro
Eu não me apego
Sou o estilhaço de
uma granada que não rebenta
Aguenta!
Aguenta para que não
se ria de ti
Mentira é a sua
dor
Porra!
Morra!
Porque mentem as pessoas
que dizem não ser
A mentira, a
falsidade
Não quero crer
Sinto os pés
queimados
Não preciso caminhar
lá fora
Cá dentro em meu
coração
Nem o pé, nem a
mão
Caminham ou tremem
pela mentira
Porra!
Morra!
Verdade... A quem a
admira
José Alberto Sá
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