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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Além da porta


Além da porta

Abri uma porta que me parecia fechada
Mas só a mim assim parecia
Não tinha porta
Não era nada
Asfixia…
O ar não entrava
Estava sentado no banco de jardim
Assim me sentia
Na falta do banco, olhava para mim
E nada se movia
Era asfixia….
Olhava em redor, ouvia o mar
Eram ondas de arrelia
Eu não as ouvia
Era o meu asfixiar
A mais pura asfixia
Procurei uma janela
Mas não existia
Olhava uma luz, olhava para ela
A asfixia
Uma luz amarela
Luz sem cor, luz sem amor
Pura fobia
O reflexo da minha dor
Asfixia…
Outra porta, ar puro
Sensação de amor, de verdade
A alma me dizia
Que não havia porta, mas sim um muro
E para além dele a liberdade
A minha procura, a minha mania
Viver sem asfixia…
Assim, alguém me alertava
Para uma porta do nada
No banco da magia
Vontade sem asfixia
E era ela
A outra porta, a outra janela
Quanta alegria

José Alberto Sá

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