Máquinas humanas
(injustiça)
Máquinas fardadas
Em barulhos que
fazem estremecer o chão
Óleos
perdidos pelo chão do abismo
Máquinas
medonhas, mesmo paradas
Fazem
barulho da cor alcatrão,
como
descargas de autoclismo
Prensas
aquecidas em furnas de medo
Balancés
moribundos em louco gaguejar
As mãos com
luvas escondem a reza do credo
Prensas com
rolos e lodos no ar
Cheiros
fétidos da poeira cancerígena
Trabalho
carrasco vestido de verde
Laminadoras
cortando a mente aborígene
Prisões de
um povo entre a parede
Serras
cortantes, dentes com fome
O medo nos
olhos…
A
incapacidade de alguém que nos consome
e nos
transmite sóis, luxúria aos molhos
Mentiras
gravadas na testa
Máquinas
precisas, máquinas de pão
Gente que
não presta
Loucos
avarentos de ferrugem no coração
São máquinas
ou robôs
Superiores
do além
Era assim no
tempo dos nossos avós
Hoje as
máquinas continuam aquém
Paredes
crivadas pela injustiça
Chicotadas
em palavras, flechas atiradas
Trabalho
muito, alguma preguiça
E as
máquinas a trabalhar parecem paradas
Eu chamo
injustiça…
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