Suco da uva
Foi debaixo
da ramada
Abrigados da
chuva
Olhos nos
olhos a alma levada
Bocas
envolvidas em bago de uva
Foi debaixo
da ramada
Suco fresco,
chão molhado
Pés
descalços, camisa colada
Embriagados
num bago saboreado
Boca na
boca, uva esmagada
As mãos no
corpo deslizavam em garra
E a chuva
caía louca na parra
Sons de
frenesim em sintonia
Era música,
era dança, era farra
A tempestade
transformada em magia
Foi debaixo
da ramada
Corpos no
chão tinham esquecido
Unidos sem
roupa, esqueceram a chuva
Envoltos em
sol soltaram gemido
Esqueceram o
tempo no suco da uva
Ali a uva o
suco soltou
E o sol que
apareceu, vindo do nada
A chuva
evaporou,
debaixo da
ramada
José Alberto
Sá
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