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sábado, 7 de julho de 2012

Quando a noite se acende


Quando a noite se acende

Quando não durmo
Somente vejo o escuro
Cada pensar o seu turno
O cavalgar para além de um muro
De olhos abertos, nada vejo
Sinto-me um cego perdido nas cores
Imagino o sabor de um beijo
O sol, a lua, as flores
O teto do meu quarto é o céu
Estrelas ausentes
Somente o tic-tac do meu coração
A magia do que é meu
As saudades estão presentes
A tua ausência, a minha visão
Hoje senti que não estava sozinho
No escuro a porta se moveu
Rangeu um pouquinho
Um barulho, uma sombra,
o corpo teu
O lençol, alguém o puxou para trás
Minha nudez se mostrou
Se misturou com a tua
Quando não durmo, tanto faz
Sou a pele despida, na tua pele nua
Somente quero sentir aquele que sou
E tu? Que hoje vieste
Me deste todo o teu amor, o teu querer
Quando não durmo,
fui o que quiseste
Hoje consegui adormecer

José Alberto Sá

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