O meu ponteiro
Olhei o meu
relógio fixamente
Dois ponteiros
pareciam parados
O maior pulsava
calmamente
Passando por cima
de tempos passados
O seu movimento
era quase insignificante
Mas eu sabia...
Que cada pulsar
era o contar
Do segundo, da
hora e do dia
Cada instante me
envelhecia
Então aquele ponteiro,
era mais forte do
que eu
Movia um mundo
inteiro
A minha calvície,
o meu cansaço
Movia a terra e o
céu
Reparei que na sua
lentidão,
o tempo passava
depressa
A sua
insignificância,
era agora para mim
a importância
Num tempo de
promessa
Um tempo que via
passar
Naquele minuto que
o olhei,
reparei...
Que não vivi...
Esqueci que o
tempo passava
Refleti...
Olhei em frente,
caminhei
Olhei-me e pensei
Que o tempo que passa,
o meu ponteiro
contou
Que o tempo de
agora,
é o contar do
futuro, o homem que sou
E que serei...
E tudo é... Um
ponteiro que em mim mora
José Alberto Sá
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