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sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma porta, uma luz...


Uma porta, uma luz...


Ajoelhado no escuro,

olhava a porta aberta

A luz ténue que entrava era de cor lilás

Luz com vergonha, pouco desperta,

de raios tristes desmaiados no chão

Tentando iluminar meu corpo, um corpo que jaz

Rezando… Olhando a luz da minha reflexão

Olhava a porta aberta sem vontade

Olhos húmidos, crivados de amor

Boca seca… Boca calada pela claridade

Mãos erguidas no meu rezar… Senhor!

Esperava que alguém entrasse

Somente o silêncio sentia em meu pensar

Esperava que alguém me amasse

E entrasse com a luz do meu rezar

Lá fora nem o vento se fazia

Só o tempo continuava a contar

Em relógios do meu sonhar

Numa porta aberta que nada me trazia

Somente uma luz ténue de cor lilás

Ganhei coragem e espreitei o lado de fora

Caminhei ao encontro da luz

Uma luz que me abraçou sem demora

Uma claridade de amor… Presença de Jesus

Reflectida na cor lilás do meu sonhar

Uma porta aberta para Deus

Uma luz Ténue pelo medo e ingenuidade

Luz de amor e desejos meus

Numa porta aberta à verdade

Ao medo de acreditar

Que existe sempre uma luz lilás

Pronta a nos amar

Nas portas da frente, nas portas de trás


José Alberto Sá

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