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domingo, 11 de março de 2012

Quero despir-te


Quero despir-te


Sinto a viscosidade,

de um diospiro

Corpo mitral e angelical

Pele de louca tonalidade

Diospiro sem casca... Apetitoso

Carne... Meu pecado mortal

Milímetro em milímetro, um suspiro

Um dedo que desliza

Um olhar que paralisa

Um diospiro cremoso

Corpo macio, com pele... Ou sem

Cor do fogo quando brasa

Ardente e sedento quando se tem,

um diospiro no corpo que arrasa

Na vontade de alguém

Quero comer-te no meu sorrir

Quero-te somente despir

Quero sentir o rasgar da pele nua

Caída no chão

Te seguro cremosa polpa no espreitar da lua

Como quem segura um coração

E sente o seu pulsar

O seu sangue brilhante

No meu mordiscar

Ser num instante

Simplesmente doce e puro

O despir de um diospiro... Maduro


José Alberto Sá

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