Minha alma, meu voo
A águia chorava…
Lágrimas que no chão calavam
… Calavam os gritos de quem parava
Paragens da águia que em luzes me olhavam
… Meu voo…
Olhos de sol que me iluminam
Na luz dos gritos parados no chão
Lágrimas do olhar que abominam
Vozes caladas em oração
… Meu voo…
Chora águia dos céus
As árvores se vergam em ti
Se vergam às lágrimas que em ti são véus
Nos chãos chorados em voos que eu vi
… Meu voo…
Não existe poeira quando passas
As ervas não secam… Lindo tapete
A águia chora pelo voo das raças
Num voo de amor onde tudo se repete
… Meu voo…
O voo da águia… Fervor
Poderia ser uma simples ave
Na sua grandeza em amor
Na sua beleza que em mim cabe
… Meu voo…
As lágrimas da águia caídas no chão
Voos da terra, voos do céu…
Voos do meu coração
Águia gritante de quem sou réu
… Meu voo…
Se furas o céu, a chuva cai
Na terra sem pó, numa lágrima que sai
É águia… É rapina
É a alma em voo picado
Num voo de esgrima
Num chão que em lágrima
É o meu voo da alma
É o meu voo louvado
José Alberto Sá
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