2012 Tempos difíceis
Nas arestas o negrume corta
Prismas do tempo
Brisas celestiais por entre a porta
Azimutes traçados pelo vento
Arestas da vida
Limas ou grosas, forçosa moagem
Cérebros que voltam na ida
Nas horas do mundo em vadiagem
…
Prismas sem sombras
Ventanias de provocantes solavancos
Colunas feridas onde tombas
Pontes submersas em rios mancos
Brisas de frio agreste
Minuto rápido e cavalgante
Estrela sem brilho, o céu se despe
Um segundo… A vida… A morte… Um instante
…
Azimute sem mapa, sem rosto
Terramoto sem pedido
Vinho fraco, bebido sem gosto
Furações destruidores, mundo perdido
Arestas molhadas nas enormes ondas
Lágrimas num rosto sem cara
Ventos e tempos, tumores e sondas
Vidas sem batidas, gente rara
Humanos sem humanidade
Arestas, azimutes e prismas
Razões sem nome, sem idade
Impotência dos cérebros com cismas
José Alberto Sá
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