Mãos que agarram
Olhei as mãos enrugadas!
Meus calos sabiam e conheciam
Toda a dureza
Olhei as mãos cortadas!
Meus olhos sabiam e não dormiam
Pela tristeza
Olhei as mãos, orgulhoso
Mãos de mil trabalhos
De um tempo vaidoso
De caminhos e atalhos
...
Minhas mãos... Minha alegria
Seus calos são virtude
Seus cortes são saúde
Mãos de trabalho e magia
Olhei as mãos e erguias
Em agradecimento oferecias
Ao tempo de outrora
E... Sem demora
Pedia para trabalhar
Num tempo que se devora
De mãos sem nada para dar
...
Olhei as mãos... Tudo era meu
Senti minha alma vaidosa
Pelas mãos erguidas ao céu
De pele cortada e calosa
Mãos de trabalhar
Ontem, hoje... São o que vês
Mãos prontas a transpirar
Mãos prontas a lutar outra vez
Num amanhã...
...Talvez
José Alberto Sá
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