Quero recitar
Chiu...
Não arrastem as cadeiras
Arrepia-me o pensar
Traçam linhas
Areias que riscam e traçam
Asneiras ao soletrar
Chiu...
Sem espinhas
As vozes dormentes
Que falam no silêncio
Torrentes...
Correntes do ecoar
Chiu...
Silêncio aí ao fundo
Parem os zumbidos
Que ecoam viciados nas paredes
Imundo... Às vezes
Chiu...
Calem esses sons abrasivos
Sussurros no vazio
Quero-vos mudos
Tímpanos surdos
Parem de respirar...
Nem um pio
Chiu...
Ouvi, alguém suspirar
O ar mudou
Podemos amar
A poesia e o seu recitar
O poeta amado...
Chiu...
Obrigado.
José Alberto Sá
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