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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Porquê?


Porquê?


Não sou inocente

Nem sou puro

Aguardarei teu regresso, somente

Sou casmurro

Alimento-me de ti, como as flores

se alimentam do sol.

Talvez seja louco por amores

Tudo é real e em prol

de desejos meus.

No sempre de tudo ou nada

Talvez, desejos teus

numa saudade apagada.

As palavras não têm piedade

São promessas

São juras, mentira ou verdade

Direitas ou avessas

Tenho medo de falhar

Ao construir de novo o mundo

Desejo de meu pulsar

Medo do infinito…lá do fundo.

Hoje alimento-me de sorrisos

Pensando em ti

Hoje dou passos precisos

Olhando o nada…nada vi

Sinto-me à distância de um beijo

Que ansiamos, mas não aconteceu

Dou asas ao sonho…desejo

A vida de algo que não morreu

Volta, que o medo se evapora

A estrada é o caminho a seguir

Vem ao amor que me devora

Ausência do meu sorrir.


José Alberto Sá

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