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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Espelho meu...

Espelho meu…


Me olho em ti, me vejo em pedaços
triste de mim, minha figura.
Vontades mil de te ver em meus braços.
Espelho tortuoso, minha violência
magoado sem ti, quem te procura
vem…suspira, minha dependência.
Imagino reflexos do teu peito, tentador
meu peito é bruto, meu coração.
Falta-lhe luz, o teu amor
a minha esperança, a minha razão.
Percorro no espelho, todo o terreno
escombros de momentos desesperados.
Vejo serpentes que cospem sem veneno
como se fosse mel e morangos envenenados.
Eu te choro, escravo da tua beleza
Quantas vezes, amor me tens ferido
no espelho da minha saudade, tua alteza.
Poderás tu ser minha esposa e eu teu marido.
Quanto menos me falas, mais te desejo
quanto mais me falas, menos seguro.
No espelho da minha vida, tudo é um beijo
que estilhaça em pensamentos do futuro.
Águas e areias do teu mar
sorriso Lilás de madrugada
Que invadem o espelho, do meu encantar
quebrando o meu coração em pedaços
sentindo a dor em cortes de espada.
Meu espelho que resistes
ao meu olhar, tua cegueira.
Quantas vezes vedas o sol, a minha luz
ciúme de ti espelho, que não partiste
que guardas contigo minha feiticeira
meu paraíso, minha cruz.
Meu sorriso…
Espelho que me invades, suavemente
sinto a invasão no meu corpo, meu desgosto
Neste corpo que a ti ama, inocente.
e no espelho procura o teu rosto
Espelho redondo, minha lua
meu brinquedo, minha vontade, meu fado.
Vem para mim, menina crua
sofro aqui…do outro lado.
Saudade tua que abunda
em espelho meu, minha flor
Trespassa-me como quem fecunda
Mas mostra-me o meu amor.
Espelho meu…


José Alberto Sá

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