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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Erotismo

Erotismo

Desejo vos dizer…que tal como o amor
a poesia corre sobre folhas brancas.
Igual ao meu rabiscar na parede
onde desenho saudade…numa flor
Riscos curvados, beleza das ancas
tecidos rasgados em malha de rede.
A mulher alimenta-me de desejos
natureza jovem…desejo e cobiça
Evas do nosso tempo, a quem daria mil beijos
inferno prisional e secreto…que me atiça.
O meu delírio carnal…que me leva a exaltar
modelando volumes e cavidades
Impossível parar…coração aos pulos…acelerar
Choques entre penugem do seu ventre…humidades.
Quando a carne e o tecido se misturam
Quando as fendas do tecido parece entrelaçar-se
…nos sulcos da sua pele.
Emaranhar-se…
Meninas despidas de avental…que me aturam
Seios que escapam à monotonia
Como quimera de blusa branca…que me zele
Pernas desnudadas, meias pretas…fenomenal
Fermentos humanos…minha mania.
Prazer suplicante…mulher nua saída do mar
ondas que escavam infindável tesouro…amante
Se os olhos fascinam, se a boca seduz
Sei amar…
Curvas melodiosas, obras-primas, meu desfrutar.
sensações que o meu intimo reluz.
O meu resgate de falsos tabus…pudor
que se desprende dos lindos cabelos…tuas tendências
Palavras ingénuas, trémulas e lavadas…sem odor
Num exibir sem maldade…indecências.
Os meus poemas também são…branca nudez
de mãos húmidas os escrevo…meu calor
Como segredos que guardo…timidez
Em erotismo nupcial…minha vida…meu amor

José Alberto Sá

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