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domingo, 22 de maio de 2011

Perdido na saudade

Perdido na saudade.

O meu sofrer não anda só.
Palavra desferida, na velocidade da dor
mais forte que uma bala,
sou barata tonta, numa dor que incomoda…
Sinto um nó
que já não cala…é ardor.
Mas tu fala… diz-me… conta…
Tenho a cabeça à roda.
Fui eu…
Fico feliz, por ser o culpado, sou pedra e não vidraça.
O mar é o meu querer,
que queres que faça?
O mar não me quer ver,
sofrimento terrível, devastador,
agressão gratuita, que penso não ter.
O mar já não tem humor…
Já não tem senso…
Já não tem equilíbrio…
Sou o culpado desta dor,
é o que penso…
Sou eu o mal fadado, de instantes depressivos,
depressão profunda, de momentos decisivos.
Verdade que inquieta,
saudade que me desperta,
de não te ver no caminho.
O desencontro…
Na vontade do encontro.
Não consigo amar sozinho,
quem ama perdoa,
quem ama não agride, peço-te só mais um pouquinho.
Sou humano, sou pessoa.
Se contigo volto a sonhar, fico maluco.
Queria sentir o amar, queria sentir o mar,
em mais um pequeno sono, inútil e gasto.
Sou velho estúpido, já não labuto.
Sou um apagado e esquecido,
sou na terra, sou pasto.
A saudade das tuas palavras,
matam-me a cada segundo.
Quem ama, cuida, dá-se, perdoa
Não magoa,
divide, permite, admite,
abençoa…
Isso é amar é alegria, abraçar o mundo.
Estou aqui neste céu vazio,
onde o sol chora por luz,
o vazio não seduz, mas sou muito mais
que um arrepio.
Tudo consigo suportar,
os ais…
a dor…
que nada te faça recuar,
que sejas feliz, é o que desejo.
Pois eu fico com amor
na saudade de um beijo.



José Alberto Sá

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