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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

 


Nas grades da vida

 

Vejo sem equívocos a crónica que não quero escrever…

Para lá do ferro, a ferrugem dos olhos que se negam…

Para cá da vida, os olhos que se vergam a Deus e O veneram…

Nas grades da vida, vejo o mestre, pequeno, vergado, suado e frio!

Vejo sem equívocos a crónica que amava escrever…

Para lá do ferro, a lágrima seca de uns olhos falsos que gozam…

Para cá da vida, vejo um ser que queria ser e não consegue…

Nas grades da vida, ele se prende… Eu me liberto e ele, nunca…

Nas grades da vida, já sou… e ninguém fará de mim mestre,

eu já o sou!

 

José Alberto Sá

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