Alcoolizados
Bebo
amor e absinto
Bebo
a loucura e não sinto
Bebo
pecados e dança
Bebo
braços, pernas abertas
Bebo
lábios que a língua alcança
Bebo
tangos nas cobertas
E
gemidos sobre as nuvens
Um
sol bebido em calor
Uma
lua bem sonhada
Mais
amor,
numa
noite penetrada
Bebo
o verão em tons pastel
Bebo
ventres, bebo mel
Bebo
bagaço que me atordoa
Bebo
veneno chamado sexo
Bebo
beijos e desejos
Bebo
turbulências sem nexo
Bebo
vontades, doa a quem doa
Bebo
o mundo
Bebo
imundo
Bebo
nas bebedeiras do ser
Bebido
como homem que sou
Bebo
na taça a quem chamo mulher
Bebo
louco quando vens,
Bebo
louco quando vou
Bebo
sem medo do teu olhar
Bebo
esse teu corpo que venero
Bebo
até morrer por te amar
e
é louvor
Pois
ambos bebidos seremos, como eu quero
Como
tu queres… Meu amor
José
Alberto Sá
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