O
chafariz
Salpicam-se
as pedras numa calçada portuguesa!
A
luz vem da varanda, da beleza e da altura
E
há homens, naquele canto da cidade!
Salpicam-se
é verdade!
Dizem
uns, que são vaidades de sua alteza!
Há
homens, naquele canto de amargura!
Ao
longe,
Casas
inclinadas como vénia ao senhor!
Pobres
salpicados sem água e sem brio
Vivem
como homens, como homens do doutor!
Sentinelas
debruçados sobre a fome e o frio
Barcos
ancorados ao longe no horizonte
Quando
homens de verdade se fazem ao mar,
mesmo
defronte…
Mesmo
defronte à calçada portuguesa!
Onde
os homens da vaidade
São
mentes na puberdade
Salpicados
pela gula, pelas árvores sem raiz
Onde
vivem homens que amam a cidade
Em
redor do chafariz!
Salpicam
as pedras de uma calçada portuguesa!
Onde
a luz é uma certeza
Pois
há homens, que não o sabem ser
Iguais…
Iguais à igualdade da minha cidade,
que
tem vontade de crescer!
Há
homens naquele canto, onde nada habita!
Há
homens… E uma mulher que grita!
Vamos
vencer!
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