Um café e um poema
Tomava café e tu
estavas comigo num poema!
Na realidade, estavas
ali, poderia até tocar-te ou… Olhar-te simplesmente.
O doce eras tu na
mistura do açúcar, que na realidade era eu e tu tão-somente! Tão sozinhos no
mesmo papel!
Mexi várias vezes o
café e era intocável o corpo que escrevi… O teu!
Mexi várias vezes o
café e foi inalterável o poema, estavas tu, estava eu!
Levantei a chávena
quente, fumegante… Imaginei-te aromaticamente e te desejei capaz de me inundar
a boca.
Nada senti! Talvez tivesse
que alterar o poema e tornar-te um pouco mais louca!
O café descia-me pelo
peito, quis que fosse os teus lábios, mas tu nada podias fazer, tinha-te
prisioneira no meu poema!
Quando coloquei sobre
a mesa a chávena, olhei-te novamente no meu poema… Estava escrito o teu toque
doce e meloso, estava escrito o teu sorriso atraente e charmoso, estava escrito
o teu olhar cativante e da cor do meu café.
Tomava café e tu
estavas comigo num poema… E no poema eras minha… Nele és parte de mim e isso
ninguém altera!
José Alberto Sá
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