Por
tua vez
Por
tua vez, eu busquei as pétalas caídas no meu regaço.
Lembro
ainda a busca amorosa e intensa… A fome que me mostravas, o querer que me
trazias na boca, dessa boca vestida de flores.
Por
tua vez, eu busquei o perfume que deixaste em meu pescoço.
Lembro
ainda o deslizar suave, quando fugias às regras e aos sentidos do pudor… Lembro
que te sentias colorida e da cor do amor.
E
sempre busquei por tua vez, a imaginação que me escapava por entre os dedos,
estes, que te saboreavam como uma abelha dentro da copa de uma flor.
Lembro
amor… Lembro que por tua vez segurei aquele sorriso, somente para te manter a
olhar para mim. Para mim, eras tudo e tudo era teu… Até o mar, a terra e o céu…
Por
tua vez, cheguei a tocar-me… Sabendo que és impossível de substituir… Sabendo
que és a perfeição que caminha pelos trilhos do meu coração… Lembro cada
momento, pois meu coração em cada batida me faz lembrar… E sempre, sempre se
lembra por tua vez…
Hoje
somente queria que as pétalas deixadas no meu regaço, fizessem a fusão do
caule, das folhas e da coroa… Lembro que sempre te amei… Sempre te respirei e
ainda te respiro… Te sonho como flor e te desejo renascida em meu colo, sem
despedida.
Tão
completamente, que hoje, a saudade deu-me uma certeza… Ainda te amo, como amo
cada pétala que deixaste no meu regaço… Cada sentir teu…
Renasce…
Vem para te receber.
Os
meus braços te querem apertar, minha boca quer envelhecer dentro da tua, tenho
fome de ti… Vestida de pétalas ou nua… Fome como uma abelha tem de uma flor, quando
lhe rouba um beijo de mel… Como este que hoje recebi na saudade de ti… Por tua
vez…
José
Alberto Sá
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