Dança esculpida
Eu quero dançar nu,
á tua frente
E na dança, esculpir com os
meus dedos,
o teu barro
Pincelar aguarelas saídas da
mente
Pintar cores diluídas, no
corpo que agarro
Eu quero dançar nu…
E tu?
Vem dançar…
Olharás com esses olhos onde
a emoção escorre
Despe-te, és o meu par…
Vem sentir os suores, que
fecundam humidade e o calor
É esta a minha dança despida,
que sente, quer e morre
Por te ver comigo a dançar,
nos suspiros do amor
Eu quero dançar nu…
E tu?
Tu serás o barro esculpido,
por mãos sem timidez
Pernas entre pernas, órgãos
que bailam pelo meio
E na dança de corpos a doçura
e a rigidez
É a dança que quero, esculpir
em teu seio
Eu quero dançar nu…
E tu?
José Alberto Sá
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