Sonho de uma vontade real
Sinto-me
impregnado pela importância daquele misterioso néctar teu… Sinto-me a encenação
teatral de um chapéu-de-chuva, em que o personagem principal sou eu em cada
gota…
Sinto-me
impregnado…
Hoje
daria abraços mágicos nesse teu realismo nu… Nu é teu corpo que imagino
surreal, num palco pleno de amor.
Sinto-me
desejado por ti… Como uma abelha que se sente atraída pelo seu néctar… E o mel
és tu…
Sinto-me…
Não
esqueças a imaginação incrível da tua essência, pois eu não esqueço o perfume
que empregas em cada sílaba que me ofereces… Em cada sílaba te sinto nádega
perfeita… Suave, macia e completa de sensualidade… Minha perfeita verdade… Tu
ondulosa e formosa criação…
Sinto-me
impregnado…
Creio
no pecado sem maldade, somente por te imaginar curvada, nessa ingrata violência
que é não te ter… Sinto os arreios apertados como se fossem espartilhos, que
anseio desapertar… Desapertar de ti… Este meu sufocado fetiche…
Sinto-me…
Por
isso sinto-me impregnado pela importância, que um simples olá me pode
transmitir numa realidade que assumo minha… Tão minha que tua é somente a minha
fome… Desejo-te… Pois sou eu eroticamente em cada gota… Num teatro em que o chapéu-de-chuva
és tu… Humedecido pela seiva de ambos…
Sinto-me
impregnado… Mas feliz…
José
Alberto Sá
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