Nunca
disse ser o imortal, nem o instrumento adequado, só quero ser o limite do amor
até à morte.
O
meu sangue ferve comandado pelo fulgor de um coração que me realiza, sempre
bombeando da mesma forma e com a mesma intensidade… Com amor e simplicidade.
Nunca
disse ao amor que fique pela metade… Quero tudo… Quero todo… Quero imenso…
Nunca…
Esta
é a palavra que não nos leva… Que nada nos traz, é a importância entre a
pergunta e a resposta… Entre o pedido e a negação… Entre Deus e o Demo…
Nunca…
É a palavra que não temo…
E
mais incrível ainda, é que nunca é uma palavra vazia, quando nunca tem, ou
quando nunca se esvazia… Intrigante…
Nunca
disse ser imortal, por isso quero a obra acabada… O caminho a quem chamo de
estrada… A minha rua… Aquela que se bifurca ao longe e me aperta o pensamento…
Sempre penso, mesmo que apertado pelo nunca…
Eu
sinto no meu sangue a osmose das duas vontades… Eu quero… Tu queres… Então
nunca é a palavra que não cabe entre nós… Não quero ser o criador do nosso
nunca… Espero que tu não sejas a vontade de o tecer em troca do nada… Já sabes
nada é nunca… Vem como te peço… Irei como me queres… Só quero ser o limite do
amor até à morte.
José
Alberto Sá
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