Deixo
tudo…
Deixo
que faças comigo de tua vontade, veste-me ou despe-me, que seja como tuas mãos
pedem, serei para ti a referência do teu olhar.
Deixo
que faças… Que sintas ao deslizar as mãos pelos meus ombros, os músculos, os
membros, as vértebras e o acrescentar de mil beijos… É belo quando deixo e
sinto arrepio…
Eu
deixo que faças de mim o essencial… Tudo…
O
estremecer na intriga da tua beleza, és a imagem que trituro, que rasgo, que
fragmento, que despedaço nas vontades deste corpo que te deixo explorar…
És
a regra que me faz obedecer, és o grafiti que trepa pela parede, és a sensação
de poder… Poder é a virtude de um momento em que me deixo para ti… Trepo
contigo e no frio do cimento somos a experiência carnal…
Eu
deixo que faças de mim o essencial… Tudo…
Deixo
que me imagines no teu reino intermédio… Entre o sonho e a realidade…
Eu
sonho contigo despida a descer devagar a escadaria que te traz até mim… E no
último degrau recebo-te despida numa realidade que nos leva ao tapete… Eu deixo
amor, que esta loucura seja real, pois enganadora já é tortura de não te ter e
somente viajar sozinho… Sonho-te.
Eu
deixo que faças de mim o essencial… Tudo…
Deixo
que me interrogues, que faças todas as perguntas sobre mim… Eu deixo, porque
não respondo pelos meus sonhos… Estes sonhos são deveras a realidade deste
homem que deixa que o amor seja a vida… Eu deixo… Somente porque eu quero ser
feliz e ser feliz é deixar o amor acontecer…
E
o essencial? E tudo que seja amor.
José
Alberto Sá
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