Diz-me…
Que voltas…
Diz-me,
porque tenho esta vontade de te ter… Porque quero de ti tudo saber…
E
levar-te pela estrada do meu coração… Pelas artérias que se alegram na correria
do meu sangue, somente porque penso em ti… Somente na vontade de te ver…
Ver-te,
no meu sangue a pulsar, sentir-te, no meu sangue borbulhar… Como línguas que
salivam em namoro… E tu corres… E eu corro…
Diz-me,
porque só te vejo a ti… Porque sonho e no meu acordar estás ali… Na luz que
penetra pela preciana… Mesmo ali junto da cama… Onde te pude sonhar e receber…
Só
tu sabes em segredo da vontade… Só tu sabes que meu sentir te persegue… E não
há quem o negue…
Estás
em mim… Desde o dia em te conheci… Desde o dia em que falamos… Foi aí que
dissemos… Foi aí que sonhamos…
Estás
em mim… Desde o dia em que senti… Que a luz és tu e mais ninguém…
Que
a vida é amor, mesmo quando a presença não se tem…
Diz-me,
porque sou este rapaz que se dilui… Porque me disseste que eras minha… Porque me
fizeste dizer que sou teu e não fui…
Diz-me
tu, porque eu não sei!
Sei
sim… Que te vivo… Sei sim… Que sou a paciência… Porque sinto que és tu a minha
essência…
Diz-me,
que és cravo ou és rosa… Que no papel és a prosa…
Eu
sou a palavra que te ama… Sou a luz… Sou amor… Sou a chama…
Volta…
Sinto frio á minha volta… Sinto no tempo revolta…
Diz-me
que perdoas… Serei luz… Serei amor… Serei asas de um pássaro teu… Que só
contigo voa…
Diz-me…
E perdoa…
Diz-me
amor… Diz-me que não me esqueces… Que de mim tudo mereces… Eu sou teu em
poesia…
Diz-me
amor… Serei contigo alegria... Alegria… Alegria… Alegria…
José
Alberto Sá
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