Mãos… As minhas
Na palma da minha mão
Vejo as linhas da vida
Não as sei ler…
Fecho os olhos e imagino o
sol
Que ilumina cada grão
Grão de areia de um mar que
imagino ter
Dentro de cada mão
Em cada linha do meu coração
E o sol que vejo de olhos
fechados
É o brilho
de uma mente limpa…
Suave
Brilho intenso planador
… Amor
Como as ondas de um mar,
que se fez ave
Na palma da minha mão
Vejo um caminho traçado
Caminho passado
Caminho onde vivo
Caminho desejado
… Contigo
E ambos,
caminhamos pelas linhas do meu
chão
Traçadas na pele rugosa
… Calosa
Minha mão… Minha sina…
Linha sim e linha não
Minha Rosa
E o sol que vejo de olhos
fechados
É luz de um ser que não
reclama
Que vive
Que caminha pelos caminhos
trilhados
A sina de uma vida que me
chama
Escrita nas linhas que eu não
sei ler
Mas que me fazem crer
Que minhas mãos nasceram
Para abraçar a luz a quem me
ama
José Alberto Sá
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