Ceara de amor
Passei a ver-te nos trigais
E a crina do meu cavalo voa ao vento
Tresloucado momento
Onde ao relento
Desejo-te ainda mais
Passei a ver-te no campo de aveia
E a cavalgar senti secar os lábios
Porque galopava desenfreado para ti
E volta e meia
Nesse campo de aveia
Sinto que és o ouro que nele nasceu
Um tesouro meu
Menina que a dançar ao vento eu senti
Passei a ver-te no abrir da espiga
Desci do cavalo para te abraçar
Correr até ti e olhar-te nos olhos
Nesse brilho que me abriga
Linda flor que persegui a galopar
E encontrei nesta ceara de folhos
Passei a ver-te neste campo de poesia
Canção da terra
Onde me levou o meu cavalo de crina dourada
Canta para mim, dá-me essa tua voz doce
Ai se assim não fosse...
Não te levaria à semente do meu coração
Que contigo quero colher
Numa ceara de amor, numa vida iluminada
José Alberto Sá
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