A crítica
Critico-te…
Deusa
inacessível
Que seja
poética a minha gravata
Que seja
poético o verniz do teu botim
És modernidade
apetecível
Deusa de
xaile de franjas de prata
Carne
pujante, aveludado cetim
Critico-te…
Num moldar,
como se fosses de lama
Imagino o passar
dos dedos ardentes
Pelo teu
corpo na cama
Aperto os
dentes
Acto de
morder, de ferrar… Castigo
Crítica
sensual, amante do teu umbigo
Critico-te
Pela tua
inacessibilidade
Embriagado
imagino o teu arquear
Que seja
poética a minha criação
Que seja
poético o teu curvar
Deusa da
minha emoção
Critico-te
Porque me
sinto sucumbir ao teu encanto
Inquietante
corpo esculpido com perfeição
Sou eu o
crítico, o mago… O santo
Deusa és na
minha intuição
Não querendo
ser a multidão
Somente
aquele que censura sem uniforme
Que sozinho
te ama de coração
Deusa minha…
Amor enorme
De ti não
abdico
Me sinto
feliz com razão…
E sem razão
te critico
José Alberto
Sá
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