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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Por vezes sinto-me... Morrer


Por vezes sinto-me... Morrer

Refugio-me em silêncio
Não sou capaz de dizer uma palavra
Tudo me foge, até um simples beijo
Silêncio... Quero parar
Não sou capaz...
Não vou voltar
Gaguejo com medo do contrário à paz
Tremo das mãos, meu corpo é um arrepio
Silêncio... Quero parar
Não sou capaz... Nem um pio
Não quero sonhar
Não quero sentir
Cinzento... Sim, vejo a sombra
Talvez o ar não mais me responda
Fecho os olhos
Tenho a garganta a tossir
Silêncio... Quero parar
Não vou mais soletrar
Porque agora choro
Uma lágrima sem sal
Choro pelo amor que não consigo ouvir
E refugio-me onde moro
No bem... No mal...
No casulo do meu coração
Silêncio... Quero parar
O frio, esse já me conquistou
Não vou, não quero mais olhar
Meus lábios secaram
Sinónimo de medo
Medo de não ver o olhar que me levou
E não voltou... Não voltou e diz não voltar
Silêncio... Quero parar
O chão já me recebeu
Sinto-me bem, isso é tranquilidade
Frio, medo, sentimento sem dor
Silêncio... Quero parar
Porque já não sinto
Já não... Já não sou
Fui... Acompanhado pelo amor
Pelo silêncio... Parei...
Já não sei,
o que é a solidão
O Anjo estendeu-me a sua mão

José Alberto Sá

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