Por vezes
sinto-me... Morrer
Refugio-me em
silêncio
Não sou capaz de
dizer uma palavra
Tudo me foge, até
um simples beijo
Silêncio... Quero
parar
Não sou capaz...
Não vou voltar
Gaguejo com medo
do contrário à paz
Tremo das mãos, meu
corpo é um arrepio
Silêncio... Quero
parar
Não sou capaz...
Nem um pio
Não quero sonhar
Não quero sentir
Cinzento... Sim, vejo
a sombra
Talvez o ar não
mais me responda
Fecho os olhos
Tenho a garganta a
tossir
Silêncio... Quero
parar
Não vou mais
soletrar
Porque agora choro
Uma lágrima sem
sal
Choro pelo amor
que não consigo ouvir
E refugio-me onde
moro
No bem... No
mal...
No casulo do meu
coração
Silêncio... Quero
parar
O frio, esse já me
conquistou
Não vou, não quero
mais olhar
Meus lábios
secaram
Sinónimo de medo
Medo de não ver o
olhar que me levou
E não voltou...
Não voltou e diz não voltar
Silêncio... Quero
parar
O chão já me
recebeu
Sinto-me bem, isso
é tranquilidade
Frio, medo,
sentimento sem dor
Silêncio... Quero parar
Porque já não
sinto
Já não... Já não
sou
Fui... Acompanhado
pelo amor
Pelo silêncio... Parei...
Já não sei,
o que é a solidão
O Anjo estendeu-me
a sua mão
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.