Fugirei um
dia
Sou o monge
Prisioneiro
nas muralhas
De um
coração em desespero
Estás tão
longe
Não me falas
E eu te
quero
Sinto na
subida à torre
O teu
perfume vindo no vento
E o meu
coração morre
Pedindo teu
olhar como alimento
É no jardim
do meu penar
Que brotam
flores
Botões de
rosa, da cor do luar
Com pétalas
de mil cores
És tu…
Que na
melodia da luz te fazes presente
O desejo de
um corpo nu
Na prisão do
silêncio que não mente
É ao chegar
a noite que te procuro
Transgrido a
lei
Trepo
paredes, subo ao muro
E mais que
fazer… Já não sei
Um dia… Sim
um dia
Fugirei pelo
pecado de um olhar
Correrei
pelos campos sem parar
Procurarei a
luz da esperança
E no perdão
de Deus, irei amar
José Alberto
Sá
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