Sugo e bebo
Elevo-me
quando trepo paredes
E abro alicerces
com profunda verdade
São momentos
de um salivar, por vezes
Escorridos
de uma boca
Ou de uma
louca
E ternurenta
pura vontade
Amo o chão
que segura o mural
A parede por
onde trepo, onde me seguras
Imaginação
de pregos sem mal
Pregados nas
tábuas de um corpo que aturas
Sugo…
Néctares de
sentida persistência
Numa parede
de escorridos sem tinta
Parede onde
o gozo é a inocência
Alicerce que
rasgo, para que sinta
A tudo me
atrevo
Sentidos gemidos
nos gritos do meu trepar
Muros,
buracos, obstáculos… Paixão
Paredes de
amar
Cimento
humedecido por minha mão
Em
tresloucado suspiro
Batidas de
mais que um coração
Numa pele de
suaves tons diospiro
Fruta doce,
numa parede agreste
Eu e tu,
trepando na temperatura do corar
Penetração
quando quiseste
Satisfação…
Meu devorar
Ilusão,
sonho transparente
Dilúvios
numa parede
Quente…
Saciada pela
nossa sede
José Alberto
Sá
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