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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Lembro-me

Lembro-me

Lembro-me como se fosse hoje
O mundo era lindo
E um certo dia perfeito
Mas é estranho!
Sentir a alma inimiga da carne
A alma de um poema que vou sentindo
E o fogo do amor com que me deito

Lembro-me como se fosse hoje
O mundo era doutrina
E um certo dia escola
Mas é estranho!
Sentir o olhar inimigo da palavra
A alma numa luz que me ensina
E o fogo de um beijo, como esmola

Lembro-me como se fosse hoje
O mundo era passado
E um certo dia presente
Mas é estranho!
Sentir o longe inimigo do futuro
A alma num sol de carne ao meu lado
E o fogo da lua longe… Mas que sente

Lembro-me como se fosse hoje…
Mas é estranho


 José Alberto Sá

sábado, 6 de fevereiro de 2016


Presença
Assim vos trago... Presença
... Virgem!
Sem golpes de sabre
Sem laços na roupa
Assim vos trago... Presença
... Virgem!
Sem ódio, que em mim não cabe
Sem gritos, a voz é pouca
Assim vos trago... Presença
... Virgem!
Sem rancor, sem vaidade
Sem silêncio, sem preconceitos
Assim vos trago... Presença
... Virgem!
Com carinho, com verdade
Com amor sem defeitos
Assim vos trago... Presença
... Virgem!
Virgem nas palavras que ainda vos devo
Pois violadas são estas que vos escrevo
Assim vos trago... Presença
José Alberto Sá.