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domingo, 25 de setembro de 2016

Existem humanos na minha terra!

Existem humanos na minha terra!

Se existe alguém com amor fecundo, que grite e repele os que não existem.
Se existe alguém em que a labareda se acende sem matéria, que seja o primeiro a me abraçar!
Preciso tanto de alguém que exista verdadeiramente!
Preciso muito de tenacidade criadora, do entusiasmo acima da erupção vulcânica neste meu tempo.
Orgulho-me de ter nascido na terra que amo e digo: Se existe alguém que a ame a minha terra como eu, seja a existência de um clarão feito de obediência e amor.
Se existe alguém, esse alguém que tire da pira a maravilhosa chama do amor.
Tantas palavras ouvi! Tantos olhares eu gravei! Tantos sorrisos entendi! Tantos apertos de mão acomodei! Tantos abraços se criaram! E não existiu um ser humano capaz de mostrar amor à terra onde nasci!
Porque a terra onde nasci, não é feita de momentos onde o amor é fecundado com interesse, porque a terra onde nasci, não aceita ser de meros momentos opacos, onde a nitidez se faz aos olhos de alguns… Minha terra é de toda a gente e eu sou um deles!
Hoje fiquei feliz por alguns, hoje fiquei completamente por outros, hoje senti um abraço enorme e saudável… Mas hoje também senti a ausência, a ferida, a tristeza, a raiva, a angústia de outros tantos que existem.
Tudo isto para dizer que fecundo é o amor dos que são puros e não o dizem, tudo isto para dizer que fecundo é o olhar dos que se olham cara na cara e todos os dias da mesma forma, tudo isto para dizer que, fecundo é aquele que existe para todos sem escolha e hoje alguns enormes seres humanos da minha terra não estavam e existem completamente no amor e na paz.
Se existe alguém com amor fecundo, que grite, pois repelar não vai ser possível… Os outros tal como eu existem e são parte do amor fecundo de Esmojães, Anta e Espinho.
Se existe alguém que grite!

José Alberto Sá

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